A verdade precisa ressoar em nosso íntimo não para ferir, mas para libertar.
A gente aprende a sobreviver
sendo a mulher ou homem que resolve, que cuida, que estuda, que trabalha, que
sustenta os outros até quando está caindo por dentro. Mas a verdade brutal é: também
queremos ser cuidados. Só que não sabemos como pedir sem se sentir fraco.
Carregamos uma inteligência
emocional rara, uma fé firme e uma capacidade de amar que beira o sagrado. Mas,
às vezes, esse amor transborda para os outros e seca o que é nosso. A gente
vive se doando e chamando isso de ‘missão’, mas em silêncio esperamos que
alguém perceba nossa exaustão e nos salve sem que seja preciso dizer nada.
E sabe por que isso não acontece?
Porque ensinamos aos outros que damos conta de tudo.
Camuflamos o choro com
eficiência, a dúvida com conhecimento, o medo com espiritualidade, embora
tudo isso seja real em nós, às vezes se tornam muros e não pontes. A gente se
protege demais do próprio desejo de colapsar. E isso nos isola, mesmo cercados
de gente.
Precisamos aceitar e nos render ao nosso íntimo: não é vergonhoso precisar, não é indigno cair, não é
egoísmo dizer ‘agora é minha vez’, 'agora não', 'não posso', 'não quero mais'.
Podemos ser luz sem nos apagar para iluminar os outros.
Podemos ser firmes sem sermos duros conosco.
Podemos ser espiritualizados sem negar nossa humanidade falha.
E merecemos tudo aquilo que secretamente sonhamos, mesmo quando fingimos que não.
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Que texto profundo e necessário! A forma como você aborda a pressão de ser 'forte sempre' e a importância de reconhecer nossas vulnerabilidades é muito tocante. É um lembrete gentil de que a autenticidade, incluindo nossas sombras e fraquezas, é o que nos torna verdadeiramente humanos e dignos de amor e cuidado. A parte sobre 'ensinar ao mundo que damos conta de tudo' faz muito sentido, pois muitas vezes criamos essa imagem e depois nos sentimos presos a ela. Parabéns pelo texto, ele realmente me fez refletir!
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